segunda-feira, 16 de novembro de 2015



Je suis... sim eu sou por consequência. No meio da noite
ouço pio longo, triste e terrível de aves de rapina.
Me entorpeço, suado e temo por meus pensamentos
Elevo à uma imagem criada na minha memória
de um Salvador invisível...

Causei todas as desgraças aos que deveria supor serem irmãos.
E com um copo de água suja, detenho a sede de não pertencer
como grande culpado.
Estaco em mim o punhal da desonra.
E, se todos devem morrer, dia desses, seja para tranquilizar os que vivem.
Olhando para trás. consigo reaver o círculo.
Ele não se fecha e não concretiza a razão.
Será por quê?
Amigos mortos aproximam-se quase no enclarear do dia e sorriem.
Sussurram: Je suis Mariana e sou também, Charlie.
Que é? Que é? Um entreato ato fato?!
O que se há de fazer não está no ódio ou na sensação de indignação...
Um nome auferido pode justificar e tranquilizar tudo.
A base de troca é a revanche de quem pode mais e saciar o desejo de vingança no coração do homem.
Lágrimas, dor, berros, dragas, metralhadoras, preces, céu azul em dia negro... ai! como se reforça a tragédia com suas causas e efeitos.
Mas todos juntos, somos réus à espera do veredicto.